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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

SEQUESTRO RELÂMPAGO




Sequestro- Publicada na Jornal Hoje em Dia - MG e Diario Sudoeste-BA em 19-08-09

Um assunto que não está nas páginas dos jornais é o aumento dos seqüestros relâmpagos cujas conseqüências são saques bancários através dos cartões acompanhados das respectivas senhas, o roubo de carros, o trauma dos assaltados que ficam vivos, quando não são mortos ou ficam paraplégicos e a leniência da justiça em relação às penas impostas aos bandidos que por conhecerem a impunidade descobriram uma nova forma de assalto rentável e sem punição. O cidadão-contribuinte é quem paga pela omissão da justiça. Quem tem seu carro roubado é penalizado pelo seguro, que além de ficar mais caro, perde pontos na companhia seguradora e em muitos casos não consegue mais fazer seguro. Como se o cliente fosse o culpado pelos roubos. Os bancos por sua vez colocam a culpa nos governos que são os responsáveis pela segurança e deixam o cliente falando sozinho. O cidadão pagante de altos impostos não tem garantida a sua segurança. E contra isso, os governos não têm responsabilidade? Os bancos pensando no próprio bolso colocam segurança particular nas suas agências e quem paga é o contribuinte-cliente, pois as tarifas são cada vez mais caras. E por que não colocar policiais nos caixas eletrônicos com direito a verificar se quem vai sacar é o cliente mesmo? Uma medida simples que os clientes iriam agradecer. Mas a quem interessa acabar com esse tipo de crime? Com a palavra os governos, a polícia, as seguradoras, os bancos e nossos parlamentares que são muito bem pagos para fazer as leis e também estão se lixando para o povo. Acorda Brasil!

Izabel Avallone

2 comentários:

João Carlos de Oliveira disse...

O que acho uma pouca vergonha, é aqueles casos de crimes violentos que vão para na justiça, virarem objeto das maiores "viagens" filosóficas sobre temas jurídicos. Não me esqueço de quando estudava direito e um dos professores (que era também juiz) citrou o exemplo de um criminoso habitual que cometeu um latrocínio atirando pelas costas da vítima: este indivíduo tinha tudo para receber pena máxima, não recebeu (e não recebe, em caso semelhante) porque estava na faixa de maior de 18 menor de 21 anos. Por causa disso teve 1/3 da pena atenuada! Isso tudo por que juízes não gostam de contrariar o que já se decide nos tribunais, ou seja, não existe livre convencimento na primeira instância, só existe no papél. Ou seja, a coisa nunca vai mudar por causa da maldita praxe, como aquela idiotice de não dar atestado de óbito em paciente internado em menos de 24h e que vem a falecer, mesmo sabendo com convicção a causa da morte.

João Carlos de Oliveira disse...

"Com os latrocínios – roubo seguido de morte – crescendo 79,3% no primeiro semestre deste ano comparativamente a 2008, o mercado de blindagem de veículos sorri. Uma das empresas do setor, a Tecpro, registrou incremento de 18% nas encomendas, com ou sem crise. Fábio Viscardi, diretor, traça relação direta entre a crise e o crime."

Retirado da coluna de Roberto Nasser da Webmotors

Esse é o Brasil rumo ao Primeiro Mundo?