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sábado, 25 de abril de 2009

O Cara, As Coroas e a sororoca. (10/04)

Neil eu cunheçu as véia Ferreira.


Sororoca, emissão de voz ou ruído produzido pelo moribundo, estertor (Aulete Digital).
O Cara, provável samba-enredo da Portela, cansou de ser carro alegórico carregando A Coroa “não candidata” nas costas, jogou a toalha e entregou a rapadura depois de levá-la a tudo quanto foi inauguração de pedra fundamental do PAC, Palanque Antecipado da Campanha, obtendo índices ínfimos, anoréxicos nas pesquisas mais chapas-brancas.
A Coroa quase equilibra com Dame Heloisa Helena do psol, vereadora acho que em Maceió, Alagoas. Faz sombra para Ciro Gomes, o boquirroto, psb/Ce, que implora para ser vice della. Morde o calcanhar do aécim, quinta-coluna do Cara infiltrado no PSDB, é um “não” candidato criado de uma costela arrancada à Coroa. Pura conversa mole para carcará dormir. Ali na batatolina, comparada pau a pau com o “não” candidato Serra, leva de dez. Apanha feio até na cova do dente.
Pode ser que O Cara tenha resolvido dividir a carga. A Coroa não é mala que se carregue sózinho, estou até com dó delle.
Duvido da divisão por saber que O Cara se acha O Cara. Incapaz de dividir lucros e vitórias, privatiza-os. Socializa prejús e derrotas – “Eu ganhei, nós empatamos e vocês perderam” é o seu mote desde os tempos imemoriais em que, dizem, foi metalúrgico de carteira assinada (se trouxerem provas materiais e testemunhas oculares, acredito).
Se O Cara quer mesmo dividir o fardo é porque entregou a “não” candidatura da Coroa para as almas – “prazarmas do purgatório”, como dizem as beatas da minha cidadezinha, benzendo-se santarronas quando tudo já desceu aos quintos dos infernos.
Uma dazarmas é pimentel, convocado para pegar na alça do caixão da falecida “não” candidatura da Coroa. Ex-prefeito de BH, pt, cúmplice do aécim, PSDB, para com a benção do Cara e contra o pt, eleger seu ex-cumpanhero de cadeia, lacerda, psb. A elle, O Cara entregou a campanha da Coroa em Minas, segundo maior colégio eleitoral.
Outra dazarmas a pegar na alça é joão paulo, ex-prefeito do Recife, pt, famigerado nome do lamaçal mensaleiro que nelle não afundou de corpo inteiro devido aos bolsos recheados que lhe facilitaram a flutuação. Na Grande Nação do Norte, A Coroa está provida de mãos ligeiras e sabença do mapa da mina para bem encetar sua funérea marcha.
(Atenção senhores causídicos de portas de redações, data máxima vênia aviso que a expressão acima usada, “lamaçal mensaleiro”, é artifício de redação, licença poética, já que inexiste na nossa lingua portuguesa, foi por mim cunhada para uso exclusivo neste besteiról e se autodestruirá assim que cumprir sua fugaz missão de não ser lida por meus amigos).
O Cara não se limitou a colocar peso só nos lombos de Minas e Recife.
Convocou para a rinha, território ancestral das lutas petistas desde os áureos tempos do galista duda dólares em paraísos fiscais mendonça, A Outra Coroa, a Dama de Ferro, Iron Maiden, martaxa relaxa e goza, para ser Segurança e Chave do Cofre dos Votos de Sampa, a maior cidade nordestina do mundo.
O Cara pensou – e pensou certo: “A Coroa está feita com a ajuda da Outra Coroa” -- Rainhas do Botox, “não candadidata” e “não coordenadora”, juntas seriam imbatíveis, sem sequer imaginar que lá dentro, no fundo de ambas, no seu lado mais negro, Uma não bica a Outra. A Outra sempre quis ver a caveira da Uma.
Isso sem atentar para o retrospecto dessa rinha, onde O Cara é galo corrido. Já apanhou Treze Humiliantes Sovas Consecutivas em eleições majoritárias. A Outra Coroa, então, na última em que se meteu apanhou do Kassab no segundo turno por 61% a 39%. No primeiro dia de campanha no primeiro turno, ella largava Kassab na poeira com 41% a 7% . A Outra Coroa é uma loser, perdedora contumaz, que vai “dar uma força” para A Coroa, a quem ela quer mesmo é ferrar.
Entenderam o que O Cara fez, ao buscar semelhante auxílio para A Coroa, sua “não” candidata, na “não” campanha que “não” faz diariamente, em cima do “não” palanque de todas as emissoras de tevê e rádio e nas páginas e páginas de jornais e revistas.
O Cara provou que apesar de todo seu suor, a A Coroa não decola.
Aí, caído do céu numa segundona braba com o encenado às moscas ( só as honestas, verdadeiras, compareceram) o encenador cristóvão buarque, pdt/Brasilia, propõe da tribuna para ninguém presente, mas para a mídia diligente, um plebiscito para que o povão decida se quer fechar o congresso, isso depois de todo mundo passar anos provando que a classe política não vale uma pinoia. Balança o rabo como golpe, late como golpe, coça as pulgas como golpe, rói o osso como golpe. É golpe.

A Coroa empacada. A Outra Coroa paga para a ajudar, afunda mais. Um partideco da base aliada pago para afundar, afunda mesmo.
Ao Serra não interessa um golpe. O Cara esfrega as mãos e saliva.
Ouço a sororoca, a moribunda é a democracia.
VAI PIORAR MUITO ANTES DE MELHORAR UM POUQUINHO.

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