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domingo, 11 de janeiro de 2009

A VISÃO DE QUEM LÊ

A visão de quem lê- publicado no Diário do Gde ABC em 10/01/09

Uma prova de que o melhor emprego nesse país é ser deputado ou senador, pode ser conferida quando se conhece alguns tipos de mordomias a que eles têm direito. O contribuinte eleitor, o grande responsável pela manutenção dos parlamentares em seus cargos, lhes paga todas as contas, sem exigir nada em troca: moradia, auxílio-paletó, convênio médico, carro, telefone, passagens aéreas, gasolina, motorista, e haja verbas para pagar funcionários, fora o que não sabemos, tudo em troca de um trabalho de 3 dias por semana, 15 salários por ano, e o melhor de tudo aposentam com 8 anos não de trabalho, de mandato. Todas essas regalias estendidas aos vereadores, enquanto a população tem de trabalhar 35 anos ou mais e mendigar pelo resto de seus dias um salário digno. Os parlamentares também não pagam imposto de renda, enquanto a sociedade é esfolada para garantir que eles vivam nababescamente. Alguma coisa está muito errada nesse país, onde há milhões de miseráveis que mal têm o que comer, e são penalizados a cada dia com mais impostos quando “as excelências” são desafiadas a pensar. No momento em que a crise tomou conta do mundo, vemos Barack Obama, presidente dos EUA, reduzindo impostos das famílias, eis que, no Brasil, país emergente, dá-se exatamente o contrário, o presidente Lula dá isenção do IPI para os carros novos, auxiliando as montadoras e incentivando o povo a consumir; câmara e senado resolvem gastar mais sem mostrar um pingo de sensibilidade com o povo tão espoliado e sem perspectivas. Brasil, um país de trouxas mal informados e ingênuos. Acorda Brasil!
Izabel Avallone

2 comentários:

Anônimo disse...

Infelizmente menos de 5% da população Lê (ou entende o que lê)e os deputados e senadores, bem como todos os integrantes (ocupantes de cargos) do Governo "se esforçam muito" para que o povo continue burro e desinformado...

Anônimo disse...

É o consumo, ou seja, a demanda, que move a economia. Não é por acaso que a economia americana é pujante: a demanda por tudo quanto é produto nos EUA sempre supera a de qualquer outro país. A maneira de estimular o consumo é que faz a diferença.
Quanto às mordomias dos políticos, costumo dizer que o Brasil precisa proclamar uma outra independência: precisa tornar-se independente de sua elite patrimonialista, à qual os políticos se incorporam assim que são eleitos, porque essa elite patrimonialista substituiu Portugal em 1822, passando a explorar o país como se fosse sua colônia.
O Brasil precisa, além disso, fazer com que sua elite pensante seja mais atuante: é a elite pensante que norteia o país no caminho correto. Quando falha, o vácuo deixado é ocupado por esses líderes populistas de araque, sem capacidade e intenção de fazer do Brasil um país realmente grande.
Luiz A. Góes