(No Estadão online, quinta-feira, 3.11.2011)
Não é de estranhar que aquele que afirmou que a rede pública de saúde no Brasil "estava quase perfeita", ao aparecer doença grave, tenha se internado no Hospital Sírio Libanês? Aliás, deveríamos ter uma lei pétrea que todos funcionários do governo, representantes do povo, e suas famílias, teriam obrigatoriamente de ser atendidos e tratados do Sistema Único de Saúde, SUS, começando pela autoridade maior, o presidente da República. No dia que passarem essa Lei pra valer até seria aceitável uma nova contribuição tipo CPMF. Com certeza, quando o problema tocar em si e sua família, nossos representantes pensariam duas vezes antes de desviar a verba destinada à Saúde. Mas, hoje, no aperto, os "poderosos" e famílias procuram os melhores hospitais particulares, nacionais e estrangeiros, deixando o povo sofrer nas filas do abandonado serviço público. É o velho ditado um tanto torcido: "acredite e confie no que prometo, mas não espere poder fazer o que faço". Para os amigos, atendimento régio; para o povo, atendimento paupérrimo. E ainda têm a desfaçatez de declarar que somos uma Nação de todos!
Silvano Corrêa
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