O poder das palavras (editado no Portal do Estadão em 27/09/10)
Alguém disse, inchado de soberba, que nem Cristo pode fazê-lo perder as eleições. Mas, pior ainda, o Capiroto está assanhado para assumir em seu lugar, aposte! Quem sabe, costurando a boca de um sapo venenoso e verborrágico, não desmancha a coisa feita? Pesquise que, bem no alto da serra paulista, há alguém que pode ocupar o seu lugar com muito mais competência, livrando o Brasil de quatro anos de verdadeiro inferno, real e apocalíptico.
Flavio Marcus Juliano
ATEUS NÃO SÃO NAZISTAS (publicado no Destak SP e RJ em 27/09/10)
Eu nunca soube de ateus, em palanques e praças, exortando as pessoas a deixar de crer nisso ou naquilo. Ao contrário, vejo várias seitas se apoderando das rádios e TVs pagas, líderes religiosos falando grandes bobagens, iludindo os incautos, arrebanhando ovelhas atrás da "taxa de sucesso" de 10%. Associar agnósticos e ateus a nazistas, como fez o papa Bento 16, é uma ofensa grave, minimizada apenas pelo fato de que quem a proferiu não representa nada importante no século 21. O papa é só uma figura medieval e caricata.
FLAVIO MARCUS JULIANO
Comissão patética
Não sabemos se a vergonhosa falha da Comissão de Ètica, ao não exigir dados comprobatórios de bens de certos ministros, em tempo hábil - após 10 dias da posse e não 3 meses- é para motivar um sentimento de tristeza ou tragédia no cidadão brasileiro ou se é porque tal comissão é formada por um bando de patetas. Nunca antes nesse país se viu tanta incompetência e corrupção na política. Esgôto a céu aberto!
Flavio Marcus Juliano
Escândalo na Casa Servil (publicado no Portal do Estadão em 20/09/10)
Pelo jeito como a facção gerencia a casa de tolerância, onde pais, filhos e parentes prevaricam abertamente, este é o verdadeiro programa Minha Casa Servil, Minha Vida Fácil. Está mais para covil do que para civil. E pode ficar pior, Belchior!
Flavio Marcus Juliano
Promessa duvidosa (publicado no Estadão em 20/09/10)
O candidato petista ao Govêrno paulista promete, em seus devaneios, acabar com os "caros pedágios" das ótimas estradas do nosso Estado. Seria oportuno fazer pelo menos uma coisa de útil, em seu final de mandato como senador, ou seja, acabar com os "pedágios" na Casa Civil e quem sabe no próprio Senado. Aquilo que, vergonhosamente, resolveram chamar de "taxa de sucesso" e nós, pobres mortais, chamamos propina.
Flavio Marcus Juliano
Apontar o dedo! (publicado no Diario do Grande ABC em 22/09/10)
O Papa Bento XVI declarar ofensivamente que há correlação entre ateísmo e nazismo, é por ser ele um líder atrasado, medieval, de uma instituição em avançado declínio. É preferível ser agnóstico, reto, honrado, respeitador do próximo, do que um fervoroso católico abusador de crianças. Se autodenominando "representante de Deus" - faz-me rir - por que anda cercado de seguranças em carro blindado? Não confia no taco do Chefe? Não me recordo de ter lido que Cristo andava pelo mundo com tanta proteção. Fale menos bobagens, evolua , aja mais em matéria de doações aos necessitados e preste mais contas dos pecados do seu exército!
Flavio Marcus Juliano
O empregadinho da Nação
Partindo do princípio que o presidente da Republica foi escolhido, devida ou indevidamente, pela maioria, e é regiamente pago pelo bolso do contribuinte para dirigir, com profissionalismo e paixão, os destinos da Nação, e não ficar palanqueando, falando baboseiras, pouco importa sua opinião sobre o papel da mídia.
Atenue ou intensifique sua descompostura às criticas que são feitas ao seu governo circense, apoteótico e eficaz como um placebo, temos de dar todo apoio à midia de todas as cores e tons ( exceto as marrons e corrompidas) que dá vazão ao seu modo de pensar e permite aos que usam o gentil espaço concedido, expor suas opiniões, de forma construtiva, crítica ou repreensiva. Não é ameaçando, esbravejando, ironizando que conquistará o respeito da sociedade. Poderia ganhar muitos pontos se, humildemente, reconhecesse o modo como recebeu o cetro e o modo como deverá entregá-lo, seja para a pessoa certa ou errada. Querer ouvir só elogios, é pressuposto de uma pessoa sem bêrço, sem formação, carente. Receber as críticas de forma aberta, é próprio de quem cresceu como pessoa, como estadista, o que parece está longe, muito longe de ocorrer.
Flavio Marcus Juliano
Capitanias não-hereditárias
Que a mídia seja controlada por poucas famílias, não é o mais importante. Importante mesmo é que - e o Estadão é o maior e mais belo exemplo - seja dado espaço para as mais variadas manifestações democráticas de opinião, principalmente aos apartidários, que queremos ver a corrupção cancerosa erradicada do Brasil. Infelizmente, o país é vergonhosamente dirigido por pouquíssimas famílias, da pior estirpe, que se julgam donas do Brasil por hereditariedade. Têm a sorte do povo ser ordeiro e pacífico, mantido ignorante e inculto, mas a mãe natureza (e o Diabo dando uma mãozinha) se encarregará de cada uma, jogando suas biografias no lixo da História. Parabéns, valoroso Estadão, pelos seus editoriais!
Flavio Marcus Juliano
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