Páginas

sábado, 11 de julho de 2009

Um chute no jornalismo

17/06/2009


À cada dia me surpreendo mais com os ministros do STF. Nos últimos dias assisti o min.Gilmar Mendes dizendo ter que refletir com muita calma sobre os atos secretos ocorridos no Senado para só depois poder emitir uma opinião...e aí eu fiquei a pensar que talvez a métrica da ética ministerial seja no mínimo diferente da usual.

Agora tomo um susto ao saber que o STF decidiu que não há mais necessidade de diploma para se trabalhar na área de jornalismo. O que dizer então para os profissionais formados nos últimos 40 anos? Que gastaram dinheiro à toa em sua formação profissional, e que tudo era supérfluo no seu aprendizado? Fico de orelha em pé, pois esta decisão se segue àquela que aboliu a lei de imprensa, aparentemente um ato em prol da liberdade de informação e expressão, mas que acabou por criar um vácuo jurídico que fatalmente será preenchido...mas não sabemos pelo quê. E aí é que mora o perigo!

E quem serão aqueles que , gulosos dos cargos ocupados por jornalistas devidamente qualificados, planejam substituí-los nas redações dos jornais de todo o país? O fator QI pesará nesta jogada...ou seja, aquele conhecido QUEM INDICA?

Um comentário:

Airton Leitão disse...

Isso na QI não será uma regra geral, mesmo sendo no Brasil. O Globo, por exemplo, concordou com a decisão do STF, mas informou que dará sempre preferência aos formados.
Também em caso de concurso público, é lógico que será exigido o diploma para quem for concorrer.
E nada impede que alguma lei estabeleça que para exercer determinados cargos de direção do órgão e da redação também se exija formação superior específica.