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terça-feira, 10 de março de 2009

PROJETO DE PODER

PROJETO DE PODER- publicado no Estadão on line em 10/03/09

Frei Betto diz que o Bolsa-Família tem aspectos positivos, mas caráter compensatório, sem uma porta de saída. Esse o maior motivo de discussão na sociedade. Ninguém na sociedade seria contra a distribuição do Bolsa-Família, tal como foi pensado, com porta de saída e beneficiando mais pessoas. Com caráter compensatório, ou seja Bolsa-Família valendo voto virou um instrumento de poder e, além disso, não ensina o pobre a sair da pobreza, mantém o pobre vivo, mas na miséria. Não há governo que possa tirar o Bolsa-Família dos pobres, isso é uma realidade, mas pode-se melhorar a distribuição de rendas pensando na sobrevivência das pessoas que saírem da dependência, ensiná-las a caminhar com as próprias pernas. Assim muito mais pessoas seriam beneficiadas. Quanto ao comentário do Frei de que caso mude o governo, essas políticas públicas podem ser desativadas funciona como uma pré-chamada eleitoral. Ou seja, não mudem que vão perder o Bolsa-Família. Construir o Brasil na base da esmola sem uma contrapartida e amedrontando os pobres, vai deixar o país mais ignorante do que já está. Ou será isso mesmo que o governo Lula quer?
Izabel Avallone

Um comentário:

José Carlos Costa disse...

Muito bem colocado Izabel, porém, acredito que não é só o Lulla que quer manter o País cada vez mais pobre e dependente das benesses do governo, e sim, o próprio sistema politico. Estão agindo como ladrões a luz do dia e com muita audácia, sem medo de ser flagrado, pois sabe que serão salvos por seus pares e pela imunidade que seus cargos lhes conferem. O que deveriam fazer é simplesmente cumprir suas promessas de que o Bolsa-Família viria somente para, num primeiro momento, aliviar a fome, dando condições físicas e psicológicas para a pessoa encontrar um emprego, sendo que cada família seria avaliada a cada 2 anos. Mas nem as promessas interessam cumprir e não há nenhuma fôrça que os obrigue, nem moral e nem física.