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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A VISÃO DE QUEM LÊ

A visão de quem lê

Vivemos num país que nem é capitalista 100%, nem é socialista 100%, mesmo porque aqui não se tira os bens de um indivíduo rico e se repassa aos pobres (extinção do direito à propriedade com confisco compulsório), como foi feito em Cuba, por exemplo. Vivemos numa república semi-capitalista que funciona em países com elevado nível educacional, caso da Alemanha, França e países escandinavos. Nesses países paga-se em média 45% de impostos, porém há retorno social, porque eles são honestos e têm ética. No Brasil o confisco tributário é feito de forma gradativa, aumenta a cada ano, sem barulhos e panelaços, pois o povo é cordeirinho. O retorno do que se paga nos países de primeiro mundo é visto nas escolas e hospitais através da qualidade dos serviços. Gasta-se pouco em segurança porque o povo é educado. Não que eles sejam perfeitos, mas estão bem longe do escárnio que acontece no Brasil com o dinheiro surrupiado dos trabalhadores. Como no nosso país o sistema adotado é o de RECEITAS VINCULADAS, as despesas dos governos são atreladas às receitas, ou seja vincula-se o que se arrecada ao que se gasta, quando o correto seria vincular o que se arrecada ao que se gasta, exatamente como fazem os milhões de trabalhadores desse país. Quando eles recebem seus salários, consomem conforme o que ganham. Mas o governo é péssimo administrador do dinheiro publico e o manicômio tributário na para de sangrar o bolso dos trabalhadores. Infelizmente, no Brasil os governos fazem de tudo para ajudar os ricos e penalizam os pobres. Se um rico paga 35% de imposto na hora de comprar arroz e feijão, isso não pesa em seu bolso, mas para o pobre o custo é altíssimo.
Por não haver investimento em educação, (o Brasil só perde para países africanos), a renda média é baixa, ou seja a maioria ganha mal e não percebe a injustiça.
Para piorar, nossos impostos são cumulativos. Quando se produz um carro, cobram-se impostos nos minérios que servirão de matéria-prima para fazer o aço e demais componentes do carro. Depois cobra-se o imposto em todas as etapas de produção. Ao chegar à loja, aos carro serão acrescidos o IPI e ICMS que acumulados variam de 50% a 90% do valor do carro. Nos carros populares, o valor para o consumidor quase dobra, se for financiado, paga-se mais imposto sobre o movimento financeiro. Uma espiral! Cabe fazer um alerta ao presidente Lula que insiste em dizer que governa para os pobres, mas não tem o mínimo interesse em esclarecer essa população subserviente que lhe aplaude e não percebe o quanto paga através dos impostos.
Nos EUA, cobra-se 2/3 de toda arrecadação tributária através dos impostos diretos (salário, pró-labore, e proventos de toda espécie), e o restante é cobrado sobre o consumo e patrimônio, (mesmo porque a maioria da população tem renda média satisfatória). A pergunta que não quer calar: Por que não copiar o modelo dos EUA?Onde está a justiça do governo federal que penaliza o assalariado taxando em 27,5% quem ganha R$3.582,00 até aqueles que ganham R$25 mil? Por que não escalonar percentuais de acordo com as faixas salariais? Isenção até R$1.499,00, acima de R$1.500,00 até R$5 mil pagará 5%, acima de R$5 mil até R$10 mil pagará 10%, acima de R$10 mil até R$15 mil, pagará 15%, acima de R$15 mil até 20%, pagará 20%, e acima de R$20 mil até 25 mil pagará 25%. Quanto melhor a escalação por faixas de contribuição, mais o governo arrecada e menos penaliza os pobres e a classe-média. É a chamada distribuição de renda, um discurso do PT antes de assumir o poder. Ou estarei enganada? Com a palavra os parlamentares que nos seus discursos dizem que votam medidas que fazem bem a sociedade. Então mãos à obra. Façam o seu discurso virar prática.
Izabel Avallone

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