Eis o elo que faltava para completar a
corrente de torpezas. Vejamos: Lula controla a CPI do Cachoeira, Thomaz Bastos
foi seu Ministro da Justiça e é muito proximo do ex-presidente e do PT; Jobim
foi o alcoviteiro que promoveu o encontro em seu escritório entre Lula e Gilmar
Mendes, ou seja, pode-se daí deduzir que Lula tem todos os dados na mão para
chantagear quem quiser, já que Thomaz Bastos, como advogado do réu, deve estar
em posse de todas as informações no que se refere ao bicheiro.
Enfim, a corrente se fecha agora. Lula
da Silva aprendeu no passado, como se opera para comandar com mão de ferro um
sindicato e transferiu para o governo exatamente o mesmo método.
A questão é que, por ele ter surgido
durante a ditadura militar, sua figura ficou no imaginário dos jovens estudantes
e intelectuais da época como heróica, um simulacro à brasileira de Che Guevara,
de que tanto a elite intelectual de esquerda, idealistas e culpados diante de
tanta injustiça social que ocorria e ainda ocorre no país, precisavam.
Projetaram então em Lula o instrumento
capaz de colocar em prática o sonho e o desejo de ver alguém originário do
proletariado sendo capaz de mudar tudo nesse país. E, por este sonho, colocaram
uma trava nos olhos, pois abrir mão dele e ficar sem nenhum, sem um ser para
acreditar e idealizar, já que símbolos religiosos não serviam, retiraria de
certa forma, todo o sentido de suas vidas; a esperança no futuro cheio de
fraternidade, igualdade e solidariedade.
Assim, tornaram-se cegos para todas
as práticas de Lula e de outros que o seguiam e apoiavam. Execraram quem ousasse
denunciar qualquer coisa em contrário, como fizeram alguns como Paulo de Tarso
Venceslau que, não suportando, resolveu apontar atos condenáveis e ilícios,
falhas éticas e morais, como o episódio do menino do MEP, coisa pavorosa que
passou batido ante os olhos dos adoradores, o assassinato de um sindicalista
jogado pela janela na presença do "lider", a estranha morte de Celso Daniel,
de Toninho de Campinas, do caso Bancoop, o mensalão e tantas outras coisas que
ocorriam debaixo de suas barbas. Sequer a mídia condenava na proporção do
absurdo como se Lula sempre tivesse de pairar acima do bem e do mal.
Mas, agora, suas iniciativas
despudoradas passaram do limite do tolerável, algo que não dá para esconder e
deixar de balançar a crença nesse mito que sempre se serviu de tudo e de todos,
da forma mais oportunista possível.
Lula da Silva, longa vida a você, para
que possa ser testemunha de sua própria desconstrução, já que você é e sempre
foi uma fraude. Nada de bom restará de sua passagem pela história deste país, a
não ser a sorte que teve de ter recebido do seu antecessor, um herança bendita
que lhe permitiu surfar na onda da prosperidade que então ocorria no mundo até o
momento em que essa prosperidade toda se mostrou não ser real até como uma
metáfora de sua persona.
Agora chega, Lula da Silva, caia fora.
Retire-se e deixe sua sucessora governar em paz. Pare de querer contaminar as
instituições com sua apoteose mental. Vá visitar favelas, vá ver a pobreza de
perto pra valer, vá verificar in loco os hospitais das regiões pobres do Brasil,
vá ver como vive o povo mais desassistido no sertão nordestino de onde você veio
mas jamais quis voltar a enxergar.
Veja quanta exclusão ainda existe
nesse país de IDH tão baixo e procure dar-se conta do quanto a corrupçao retira
dos que mais precisam e o sofrimento capaz de provocar quem só pensa no poder
pelo poder e esqueceu que sua função é servir. Inspire-se em Gandhi, inspire-se
em Mandela e outros grandes líderes que deram suas vidas por uma causa: a
justiça, o respeito ao próximo, o uso correto de sua força política para
promover a paz e a união e não o contrário, como faz sempre jogando brasileiros
contra brasileiros.
Espero que esse episódio de investir
contra a mais alta corte do país, seja o último a que teremos o desprazer e
desgosto e vergonha de testemunhar vindo de sua pessoa. Tenha um pouco de
dignidade e salve o pouco que lhe resta de sua biografia.
ELIANA FRANÇA LEME
Nenhum comentário:
Postar um comentário