(No Estadão impresso, terça-feira, 4.10.2011)
A presidente Dilma disse que o povo vai pedir novo imposto para resolver o problema da saúde. Será? Quem trabalha e produz já tem descontada uma carga tributária (38% do PIB) das mais altas do mundo e vê pouquíssimo retorno. Mais impostos vão resolver? Tivemos a CPMF, com desconto de 0,38% em cheques, recheando o Tesouro com muitos bilhões e a saúde em nada melhorou. Por que seria diferente agora? O que fazem os quase 40 ministérios e secretarias especiais, além de empregar muitos companheiros? Entram e saem ministros e se pergunta: o que fizeram senão muita política partidária e distribuição de verbas às suas bases? Qual a responsabilidade exigida de sindicatos e ONGs pelos bilhões liberados para projetos, muitos sem consistência ou viabilidade? O que se está fazendo para acabar com o funcionalismo fantasma e improdutivo, que tanto rouba e debilita a capacidade do governo de investir em obras necessárias? O Brasil tem de ser administrado com a eficiência de uma grande e complexa empresa. Temos de ter mais competência em todos os níveis do funcionalismo, uma contabilidade mais simples e transparente, mais incentivo para quem demonstra mérito e punição exemplar para quem faz mau uso do patrimônio público. É necessário que o governo administre melhor o dinheiro arrecadado, em vez de sobrecarregar ainda mais o trabalhador!
Silvano Corrêa
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