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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Feliz segundo semestre, e que tudo se realize no ano que vai chegar. Por Marli Gonçalves.

Daqui a pouco, champanhe no gelo. Uma boa arrumada na casa, no corpo e na mente. Respire fundo. Bota uma roupinha legal. Joga pipoca pro ar. Toma banho de sal. Dá sete pulinhos aí mesmo. O importante é mandar e receber uma boa vibração para começar o ano de novo, agora no segundo semestre.


Nestes seis meses iniciais já aconteceu tudo de ruim e mais um pouco, de terremotos a enchentes onde havia seca. Negros, homens e pelicanos, mulheres e crianças massacradas e mortas, balas que acharam destinos incertos, amigos e gênios que tombaram antes da partida inicial. Já teve incêndio, furacões, e vulcão. Ar. Terra. Fogo. Água. Da força de todos os elementos vimos a cara brava, desconfortável, ameaçadora e perigosa, típica daqueles que estão avisando que sempre pode ser pior. Pode piorar. Não brinca, não! Presta atenção!

Mas, como nós somos sempre muito atentos, vamos mudar esse rumo e é agora. É para já. A partir de agora as coisas vão melhorar, tem de melhorar, precisam realmente melhorar. Força no mantra! A partir de agora as coisas vão melhorar, tem de melhorar, precisam realmente melhorar...A partir de agora...

Dizem que uma coisa repetida mil vezes torna-se verdade. Diz-se que temos, nós todos, o dom de mandar ordens para o cérebro; desde que precisas, serão cumpridas pelo destino. Mas tem de caprichar, pensar direito, de todos os ângulos, refinar. Há muito tempo, quem me ensinou isso uma vez me contou que conheceu uma mulher que só tinha um desejo, que era o de viajar em um cruzeiro. Dito e feito. Conseguiu. Mas esqueceu de pedir o resto, e quase morreu de enj�?o na viagem que amargou. Urghh. Eu nunca esqueci disso.

Assim, quer um homem? Se caprichar, consegue.Mas lembre que ele virá com todos os defeitos e cacoetes - tente saber antes quais são. Quer uma linda e boa mulher, esposa, cheia de predicados? Nos contos de fadas, amigo! Na realidade elas existem, mas resistem por pouco tempo. Quer um trabalho? Do jeito que as coisas estão, cuidado. Pode acabar conseguindo. Veja se não está prejudicando ninguém. Ou se não vai trabalhar de graça.

Melhor mesmo é usar esse dom, de forma radical, poucas vezes na vida. Para poder caprichar. Pense se agora já não é um bom momento. Saia na rua, olhe para um lado e para outro, observe o semblante carregado, o desânimo no comércio, a falta de perspectiva dos mais jovens, a deseducação e deselegância que grassa nas ruas. Primeiro, dê Graças por poder ser observador, livre das amarras de um mundo imaginário que estão tentando à força enfiar em nossas goelas e mentes de forma quase criminosa, estelionatária, publicitária, forjada.

Em seguida, concentre-se e conclua que não será nada fácil se o segundo semestre continuar desse jeito, tão fatídico, inseguro, com nuvens escuras se formando, carregadas, elétricas, fatais. Depois que acontece não tem mas jeito; não adianta ficar reclamando do prédio se nunca vai a uma reunião de condomínio, se não vota direito no síndico. Se deixar que sempre os outros decidam, sejam as maiorias. Preguiça. Indolência. Cansaço. "Já fiz muito". "Não quero nem saber!"

Justificam acabar o futuro, desistir antes da badalada final? Não. "The moment is now"!

Engana-se, se imagina que estou falando só do Brasil, da pobreza política local, da falta de orientação, da corrupção, da miséria, da insensibilidade. A bolinha da Terra girando, escorrendo mortes, óleo, sangue, fumaças, controvérsias religiosas, soltando gases, secando de um lado e molhando de outro, trocando o azul por cinza, tingindo o azul com o vermelho, prova que, se Arca houver, ainda teremos que encontrar nossos pares para o salvamento. E para procriar caminhos diferentes, todos terão de se encontrar, enfim, numa intensa e antropofágica orgia.

Celebremos, pois, o 2010 que pode começar agora. Oxalá!

São Paulo, fim de junho, metade da caminhada 2010. Muita água para rolar.


Marli Gonçalves, jornalista. Otimista por natureza, sempre comemora o réveillon do segundo semestre. Adoraria que as pessoas aproveitassem a data e se "auto-renovassem" verdadeiramente, sem nem ter que esperar dezembro, se fazer de bonzinho, nem ter de dar presente para ninguém.
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Um comentário:

Saramar disse...

Olá Marli, boa noite.
Sua mensagem vem em boa hora, em todos os sentidos, principalmente por todas estas dores que você mencionou.
Precisamos sim, erguer a cabeça e assumir o controle do nosso destino, seja individual, seja social.
Gostei muito deste exercício de reiniciar o ano no sétimo mês que, aliás, é o meu.
Precisamos sim, refazer, olhando para a frente, com coragem e vontade de mudar.
Obrigada por esta bela mensagem de esperança.
beijos