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sábado, 17 de outubro de 2009

Sereia ou Gigante Adamastor ?

(ilustração de rochafm1962)


Nós, brasileiros, estamos com uma péssima auto-estima. Estamos sendo debochados, menosprezados por aqueles que escolhemos para dirigir nossos destinos! Estamos carentes de segurança, de educação, de justiça, de cuidados de saúde, de boa alimentação. Os que denunciamos os absurdos flagrantes somos desacreditados, taxados de inimigos do povo, de retrógrados e etc.

Comparemo-nos a uma criança que vê a admiração e a confiança que tinha em seus pais, parentes e professores desmoronar-se, ao perceber que eles são, não apenas falhos, mas imorais, corruptos, abjetos. Que se sente desprotegida, desvalida sem ter a quem recorrer, numa ocasião de dificuldade, órfã de paradigmas éticos. Imagine esta mesma criança dando o melhor de si na escola, nos estudos, no esporte e, apesar disto, perceber a inutilidade de seus esforços, pois nesta terra quem se dá bem é o esperto, o bajulador, o trapaceiro, .... Isto já na mais tenra infância, quando a maioria dos pais ensina a seus filhos que só se dá bem é quem segue a Lei de Gerson.

A maioria da classe política é composta por psicopatas ( ou sociopatas, como queiram), que fazem tudo com o fim de “se dar bem”, que não hesitam em mentir, caluniar, jogar irmãos contra irmãos, em criar situações de conflito entre classes sociais, entre brasileiros nascidos em regiões diferentes, entre pessoas com maior ou menor pigmentação de pele, como se um mulato não tivesse nascido do amor entre um negro e uma branca ou vice-versa.

Pessoas que divergem da opinião do grande chefe não são convidadas a conversar, a sentar-se à mesa das negociações, para ter um confronto de idéias, donde se poderia extrair um projeto melhor, mais abrangente. Não, são logo rotuladas de imbecís, idiotas, sem valor nenhum, de uma maneira arrogante, furiosa, pelos donos da verdade. Os críticos não são avaliados e percebidos por suas idéias, mas pela sua confissão política.

A censura impera nos órgãos de imprensa, nas escolas, nas igrejas. A palavra é incensar ditadores de meia pataca, como Fidel Castro, Hugo Chavez, Daniel Ortega, Evo Morales, o casal Kirchner, metamorfoseados em grandes democratas e amigos do povo.
Querem que participemos da unidade bolivariana das Américas, quando nada temos em comum, nem quanto à história, idioma, forma de colonização. O que nós, brasileiros temos a ver com Bolívar? Porque o dinheiro suado de nossos impostos patrocina obras e farras de outros países quando nos falta tanta coisa?

É preciso dar um basta em tudo isto! É preciso cobrar desta turma a obediência à Constituição Brasileira e não às decisões do Foro de São Paulo!
Não queremos a dissolução da nossa família, dos nossos costumes, a falência de nossas instituições, a ingerência do Estado nas decisões e no organograma de nossas grandes e rentáveis empresas como a VALE.
Não podemos permitir que um Eike Batista ( visívelmente escorado pelo governo) pise em pessoas do porte de Roger Agnelli, não podemos permitir que empresas privadas seja geridas pelo Estado, para que fiquem deficitárias, criando condições para posterior encampação. Não podemos permitir a xenofobia, pois crescemos com a força da mão de obra de nossos imigrantes e precisamos do capital estrangeiro para nosso desenvolvimento.

Não falei quase nada do que está acontecendo e já dá para perceber que a coisa não pode ficar como está.

Conclamo às pessoas mais esclarecidas politicamente a abrir os olhos de seus conhecidos que possam estar inebriados pelo canto da sereia, que na verdade está mais é para um Gigante Adamastor.

Um comentário:

Cidinha disse...

Cléa, fiquei muito feliz de ver publicado esse seu texto: um verdadeiro grito de alerta!
Parabéns, amiga você foi fundo!