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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Textos

QUAL INFRAESTRUTURA? 14 de março de 2009

Não conhecia ninguém que tivesse dificuldade para gastar dinheiro. O difícil sempre foi gastar bem e com parcimônia. Agora conheço: Lula e seu ineficiente ministério. As obras de infraestrutura, particularmente as de água e esgoto que seriam executadas com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento. De 129 municípios, apenas 1 foi beneficiado. O restante do dinheiro teve de ser devolvido por não ter sido utilizado no prazo devido. A célebre frase de Abraham Lincoln, "você pode enganar uma pessoa por muito tempo, algumas por algum tempo, mas não consegue enganar todas por todo o tempo" nunca pareceu tão verdadeira. Que o povo brasileiro se lembre disso em 2010.

ESTADISTA X OPORTUNISTA – 17 de março de 2009

Lendo a sempre excelente coluna de Dora Kramer, 17.03, percebe-se a diferença entre a atitude de um político compromissado com seu mandato, principalmente num momento de crise mundial, com o desemprego e a recessão batendo às portas do estado, um verdadeiro estadista, para alguns aventureiros do poder, preocupados em não perder as benesses do cargo, aproveitando e abusando das vantagens e "boquinhas" que lhe são conferidas, abstendo-se das obrigações e responsabilidades que o posto lhe impõem, apoiando-se exclusivamente na verborragia, carisma e projetos demagógicos, mirabolantes e inexequíveis. Parabéns Governador Serra por sua atitude patriótica.

Chávez – 18 de março de 2009

Democracia à Hugo Chávez? Estou fora!"

A LEI É PARA TODOS – 18 de março de 2009

De tempos em tempos surgem novas tentativas de validar, de forma arbitrária e por vezes sorrateira, os diplomas de estudantes brasileiros de uma escola de medicina de Cuba sem que houvesse, como exigido para qualquer diploma estrangeiro, por maior que seja a excelência da universidade de origem, a necessidade da validação, com avaliação curricular e de proficiência. Que nossos deputados, a quem caberá deliberar sobre o assunto, apesar da reprovação das comissões da Câmara, se mantenham atentos e não permitam que mais uma atitude de origem puramente ideológica, atente contra os interesses reais do povo brasileiro, como nos recentes episódios do gás boliviano, da Petrobrás, dos lutadores cubanos, do terrorista italiano, etc.

Obrigado por tudo e adeus - 18 de março de 2009

Sensibilizado pelas agruras e principalmente pelo desabafo do presidente do senado José Sarney, “Não é fácil, na minha idade, com a minha vida”, enfrentar tanta denúncia de amoralidades que caracterizam a instituição que comanda, das quais tenho plena certeza que não tinha conhecimento, como todas as autoridades federais, sempre pegas de surpresa quando alguma maracutaia é descoberta. Homem totalmente despojado de vaidades, do poder pelo poder, que recusa homenagens como a nomeação de prédios e benfeitorias públicas no seu estado natal, por quem tanto fez, haja vista os excelentes índices de desenvolvimento humano – IDH, homem totalmente dedicado às causas públicas, tendo uma lista de serviços prestados à nação, como o congelamento de preços, plano cruzado, a luta contra o FMI, tendo a coragem de enfrentá-los com a decretação da moratória e principalmente pelos níveis de inflação que tornaram o Brasil conhecido mundialmente. Senador, dê um basta em todo este seu sacrifício. O país certamente reconhecerá mais esta sua atitude de abnegação, entregue o cargo e o mandato, volte para seu humilde lar e dedique-se à literatura. Certamente a cultura mundial terá muito a ganhar.

País da impunidade - 19 de março de 2009

Em 26 de abril de 2008, a besta em forma humana, Josef Fritzl foi preso. Em 19 de março de 2009 foi condenado à prisão perpétua pelos crimes de estupro, incesto, coação grave, privação de liberdade e homicídio por negligência (omissão de socorro). Ou seja, em menos de um ano a justiça da Áustria aplicou a pena merecida pelo crime cometido e retirou de circulação este sádico criminoso. Enquanto isso, no Brasil, quantos criminosos, alguns até confessos, continuam a ludibriar a sociedade, mantendo-se impunes por anos seguidos, sendo, porque não, ameaças à segurança, pelo risco de reincidência. Que inveja!

Realidade nua e crua – 24 de março de 2009

Depois do dinheiro público gasto em palanque tipicamente eleitoreiro, com direito a foto oficial com o presidente Lula e a ministra da Casa Civil, chegou a hora da realidade nua e crua para os prefeitos do País: corte de 19% (R$ 60 milhões) no repasse do Fundo de Participação dos Municípios, que para 80% dos municípios brasileiros é a principal fonte de renda. Como ficarão as despesas obrigatórias com saúde, educação e infraestrutura? Mesmo porque, ainda tem de sobrar dinheiro para a reforma do Palácio do Planalto (R$ 103 milhões), não? Agora os prefeitos vão chorar na cama, que é quentinha. Durmam com um barulho desses. Lamentável.

Dedetização já – 26 de março de 2009

O presidente Lula indiscutivelmente é um dos maiores comunicadores que este país já conheceu. Como se diz, ele fala à alma do povo. Vende seu peixe como poucos. Seu carisma e domínio dos palanques causam até arrepios. Sabe da angústia e ansiedade do seu povo e a ele oferece sempre uma perspectiva de melhoria e progresso, nem que seja só no discurso. Seus marqueteiros são da maior competência, muitas vezes, verdadeiros gênios do mal. Oferecer condições mais dignas de vida à população é obrigação de qualquer governante. Portanto não se deveria taxar de eleitoreiro qualquer projeto neste sentido. Porém no presente caso, o plano Minha Casa, Minha Vida é eleitoreiro e no pior sentido da palavra. Brincar com as ilusões e esperanças das pessoas, principalmente as mais necessitadas e naquilo que é o maior desejo do brasileiro, o sonho da casa própria, que o diga o fantástico Silvio Santos, chega a ser criminoso. O governo se propõe a construir 1 milhão de moradias, sendo 800 mil para famílias com renda até 6 salários mínimos, altamente subsidiadas e 200 mil para famílias com renda de 6 a 10 salários. Por saber que, se viabilizado, este projeto terá enorme alcance social, Lula não estabelece prazos e sugere mesmo que subliminarmente a necessidade de fazer seu sucessor (fato de campanha) para a continuidade do mesmo. Não bastasse isso, aproveitam caso seja um fracasso, para eximir sua responsabilidade: “Nós colocamos o dinheiro. Nós bancamos”, disse Dilma (fato de campanha), e certamente colocariam a culpa na oposição. Dedetização urgente.

Verborragia ou racismo – 27 de março de 2009

Penso que começo a entender o comportamento do presidente Lula. Quem desdenha quer comprar ou parafraseando Esopo, as uvas estão azuis, digo verdes. O senhor tem despeito e inveja por aqueles que com dedicação e muitas vezes sacrifício conseguiu estudar, formar-se e exercer com dignidade suas profissões, prosperar e alcançar qualidade de vida. Por isso o senhor proclama com tanta veemência sua repulsa àqueles que chama de elite e agora definiu como branco de olhos azuis (arianos?). Sou branco, tenho olhos verdes, careca e sou judeu (terá sido essa a lembrança ao citar branco e olhos azuis?). Não me envergonho e muito menos me sinto culpado por qualquer mazela econômica ou não e tenho orgulho da minha origem e da minha vida de luta, com meus sucessos e fracassos. Presidente, ser branco, ter olho claro, ter cabelo ou não é um detalhe meramente genético e as diferenças que condicionam estas características são mínimas. Se eu fosse índio, negro, olho escuro ou cabeludo, minha personalidade seria a mesma e o respeito pela ética e do sucesso pelo trabalho certamente seriam os mesmos.

G 20 – 31 de março de 2009

O presidente Lula está no sétimo ano de seu mandato. Toda curiosidade, para não dizer excentricidade, da eleição de um ex-operário sem estudo, como gosta de ressaltar, que o mundo manifestou quando de sua posse já passou. Sua história é mais do que conhecida e já rendeu as simpatias que tinha de render. De nada adianta, como na recente entrevista à CNN, mencionar que sabe o significado do desemprego, que conhece o mundo do trabalho, a pobreza e a fome. Como chefe da Nação, a hora é de se comportar com seriedade, principalmente neste momento de grave crise econômica que enfrentamos. Não é hora de metáforas nem de troças e brincadeiras, algumas até grosseiras. É mais do que momento, sr. presidente, de assumir a condução da Nação que lhe confiou o mandato. Às vésperas da cúpula do G-20, prepare-se para defender os interesses do Brasil e do seu povo. Chega de benevolência à custa do nosso sacrifício. Por favor, assuma a postura condizente com o cargo que ocupa. Muito obrigado.

Não é mais manchete – 31 de março de 2009

Não é mais manchete. Talvez nem ocupe muito espaço nos programas policiais vespertinos, se é que será noticiada. Fica lá perdida numa página interna dos jornais. A notícia de mais uma morte absurda, de uma jovem, Karla Leal dos Reis, no centro do Rio de Janeiro, por um assassino frio, covarde, frívolo, logo após ter sido consumado o roubo, sem que tenha havido reação, talvez nos choque por alguns momentos, ou até o próximo crime bárbaro, mas logo fará parte das estatísticas oficiais, sob o lacônico nome de latrocínio. Onde está o Estado que nos deve garantir segurança? Onde estão as leis que devem garantir o afastamento destas bestas insensíveis do convívio com a sociedade? Quantos mais terão que tombar até que se tome alguma atitude? Se forem "di maió", sendo presos e julgados, serão condenados a 94 anos e 6 meses?

Cidadão tem direito à segurança - 01 de abril de 2009

A sociedade brasileira, mais uma vez, se deparou com um assassinato frio, covarde e frívolo. Karla Leal foi morta no Rio de Janeiro após um assalto: “Estudante é executada em assalto no Rio” (Cidade, 31/3, pág. 13A). Esse é mais um assustador retrato da violência que está tomando o Brasil. O mais triste é que a sociedade se choca apenas momentaneamente, já que, dias depois, o bárbaro crime se torna somente mais um número nas estatísticas de latrocínio. É nesse momento que nos perguntamos onde está o responsável por garantir a segurança da população, o Estado? Onde estão as leis que devem garantir o afastamento desses indivíduos criminosos do convívio com a sociedade? Quantos mais terão que morrer até que se tome alguma atitude?

A conta é nossa – 02 de abril de 2009

Nada contra o aumento dos impostos sobre cigarros, apesar do hábito de fumar ser uma doença grave, das dependências químicas mais difíceis de serem combatidas, ou seja, punindo o doente. Da mesma forma se deveria promover aumento dos impostos de bebidas alcoólicas, que permite o uso social, e de itens supérfluos, com diminuição dos impostos de alimentos básicos, medicamentos, material escolar, etc. Só não consigo aceitar o aumento do imposto sobre o fumo, para compensar a redução na arrecadação pelo “pacote de incentivos”, sem que os poderes executivos, legislativos (em especial) e judiciários não façam sua parte, cortando gastos excessivos das mordomias, loteamentos de cargos e funções, cartões corporativos, passagens aéreas e tantas outras despesas que insultam o cidadão comum. Novamente a conta será paga pela população, sempre espoliada de seus direitos, como na recente aprovação da PEC que estabelece novas regras para o pagamento de precatórios, que eu duvido tenha sido proposta para facilitar a vida dos credores, já atolada pela carga tributária desumana.

Impostos – 02 de abril de 2009

Decreta-se o aumento dos impostos sobre cigarros, apesar do hábito de fumar ser uma doença grave, das dependências químicas mais difíceis de serem combatidas, ou seja, pune-se o doente. Por seu lado, não se promove aumento dos impostos de bebidas alcoólicas e de tantos outros itens supérfluos, com a diminuição dos impostos de alimentos básicos, medicamentos, material escolar etc. Não consigo aceitar o aumento do imposto sobre o fumo para compensar a redução na arrecadação proporcionada pelo pacote de incentivos, sem que os poderes Executivo, Legislativo (em especial) e Judiciário façam sua parte, cortando gastos excessivos das mordomias, loteamentos de cargos e funções, cartões corporativos, passagens aéreas e tantas outras despesas que insultam o cidadão comum. Novamente a conta será paga pela população, sempre espoliada de seus direitos, como na recente aprovação da proposta de emenda constitucional que estabelece novas regras para o pagamento de precatórios, que eu duvido tenha sido proposta para facilitar a vida dos credores, já atolada pela carga tributária desumana.

Derrapagem fiscal – 02 de abril de 2009

Como compensação à redução de tributos anunciada pelo governo, aumentam-se os impostos sobre cigarros, a despeito de o hábito de fumar ser uma doença, uma dependência química das mais difíceis de serem combatidas. Ou seja, pune-se o doente. Por outro lado, não há aumento nos impostos sobre bebidas alcoólicas e outros itens supérfluos nem diminuição de impostos sobre alimentos, medicamentos, material escolar, etc. E isso sem que o poder público faça a sua parte, cortando gastos excessivos - mordomias, cargos e funções, cartões corporativos, passagens aéreas e tantas outras despesas que insultam o cidadão comum. Novamente, a conta será paga pela população, sempre espoliada de seus direitos, como na recente aprovação da PEC dos Precatórios...

NO G-20... – 02 de abril de 2009

Até tu, Obama??? Tamos danados...

O calote dos precatórios 02 de abril de 2009

O que será que leva um cidadão a disputar e exercer um cargo eletivo no Brasil? será o idealismo, a vocação, o altruísmo? Ou será o fascínio pelo poder, a sedução pelos privilégios, o interesses de classe e os tantos interesses pessoais e escusos? Na realidade, não importa o motivo que leva as pessoas a serem candidatos, pois um fato que está sempre presente em todas as situações é a necessidade do voto popular. Então, tendo isso em mente, o grande questionamento é: o que leva nossos congressistas a tomarem atitudes, no mínimo antipáticas, geralmente prejudiciais aos interesses da população, como no presente caso da Proposta de Emenda à Constituição dos precatórios (dívidas da União, dos Estados e dos Municípios decorrentes de sentença judicial)?"Senado Muda para pagar precatório" (Seu Bolso, 2/4, pág.4B

Falem bem ou mal, mas falem de mim – 04 de abril de 2009

Fernando Henrique Cardoso foi considerado o mais preparado presidente de sua época. Lula é o cara. Boa pinta? Não creio. O que ficou disto? Na hora H os países fazem da retórica uma maneira mais simpática para seus pares, mas estão preocupados quase que única e exclusivamente com seu próprio umbigo. Que o presidente não se iluda e não deixe sua conhecida vaidade pessoal torná-lo mais embevecido ainda e se deixe superar pelos elogios em detrimento dos interesses da nação. Para nós, brasileiros que estamos enfrentando as dificuldades da crise financeira mundial, não faz a menor diferença se Lula é o cara e se é popular, se não tiver competência para enfrentar, marolinha ou tsunami, gripe ou pneumonia, cabra macho ou não, nossas agruras.

LULA – 04 de abril de 2009

Segundo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nosso presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, é o cara: “Obama elogia Lula: ‘Esse é o cara!’” (Radar, 3/4, pág. 14A). Nos momentos de crise, os representantes utilizam a melhor retórica para com seus pares. Porém, a verdade é que eles ainda se preocupam, única e exclusivamente, com seus próprios problemas. Por isso, espero que Lula não se iluda e nem deixe a sua vaidade pessoal torná-lo ainda mais embevecido e inoperante diante dos interesses da Nação. Para nós, brasileiros, que estamos enfrentando as dificuldades de uma forte crise econômica mundial, não faz diferença se Lula é popular perante os demais líderes! O importante para a população é que ele tenha competência para enfrentar todas as dificuldades que a crise está impondo a todos, sejam elas um tsunami ou uma mera marolinha.

O velho guerreiro estava certo – 08 de abril de 2009

Recentemente foi divulgado que a banda larga do Brasil é uma das piores e mais caras. Infelizmente tenho constatado esta verdade quase que diariamente. Sou vítima do pouco caso, da displicência, da desinformação e até da má fé por parte da Telefônica através do malfadado Speedy, que promete o que sabe que não vai cumprir. Como consumidor me sinto lesado várias vezes. E pensar que já havia mudado de serviço de acesso justamente por falhas da companhia anterior e pelo visto, vou ficar sem opção. Ou fico sem internet ou vou continuar dependendo da vontade das companhias, uma vez que quem deveria fiscalizar, a ANATEL, é inoperante, quem deveria exigir qualidade, o governo federal, não exige, sabe lá por quais motivos, ou melhor, imagino que sei, e como dizia o velho Chacrinha, quem não se comunica (o Speedy não deixa) se trumbica... Basta, exijo qualidade pelo que pago.

Vergonha – 08 de abril de 2009

Senador Tião Viana (PT-AC). Sua filha terá tido tempo para algo mais no México além de usar o telefone celular? Vergonha.

Greve de fome – 10 de abril de 2009

Há quem não coma por não ter o que comer. Há quem não coma como forma de castigo. Há quem não coma por questões estéticas. Há quem não coma por questões médicas. Há quem não coma por doenças graves. Há quem não coma por questões ideológicas. Há quem não coma por questões religiosas. Há quem não coma por abnegação. Há quem não coma como forma de protesto. Há quem não como por questões nobres. Há quem não coma por questões fúteis. Há quem não coma para despertar compaixão. Há quem não coma para despertar sentimentos de culpa. Há quem não coma por exibicionismo. Há quem não coma como forma de chantagem emocional e por birra. Em qual destas se enquadra a greve de fome (com água e folhas de coca) de Evo Morales? Em minha opinião? A última.

Dominó bolivariano – 12 de abril de 2009

Tal qual uma fila de dominós em que a queda de um provoca a queda do seguinte, o populismo paternalista demagógico que tanto prejudicou a América do Sul ao longo de sua história, baseado no caudilhismo, atualmente rebatizado de socialismo bolivariano pelo comandante Chávez da Venezuela, começa a ruir à medida que a fonte de recursos que sustenta esta aventura começa a secar, levando a reboque a Bolívia, Nicarágua e todos os que seguem as idéias do fanfarrão pseudo-democrata. O gasto desenfreado das reservas monetárias levará o país a uma crise de recessão, desemprego, escassez, inflação, calotes e que segundo velhas tradições resultará em agitação popular, golpe militar, retrocesso na democracia e mais sofrimento para a população que infelizmente pagará pelo voto impensado e emocional. E o final desta tragicomédia, um país falido e destroçado, é conhecido. Que sirva de alerta a todos nós.

Deja vu – 13 de abril de 2009

Ótima notícia: o novo presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, afirmou que o banco vai baixar a taxa de juros e o spread de forma agressiva. Seja lá o que isso signifique, só torço para que não se repita uma velha história política, em que um governador prometeu e cumpriu: "Quebro" o banco estadual, "mas elejo meu sucessor".

Competência não se compra – 14 de abril de 2009

Nos momentos de crise é que se revela quem tem preparo e disposição para enfrentar os problemas com sabedoria, coragem e com alguma dose de sacrifício. Como num jogo de xadrez em que um lance, pressupõe os seguintes, somente os grandes jogadores têm capacidade para inovar e principalmente estarem preparados para as novas dificuldades que virão. Seguindo a política de, primeiramente não reconhecer a extensão da crise, e em seguida só enfrentar as questões quando elas estão postas, sem ter a competência de antecipá-las, o governo do presidente Lula cede à pressão dos prefeitos e “cria” sem citar a fonte, uma verba de um bilhão de reais para o Fundo de Participação dos Municípios. Continuará a empurrar com a barriga esperando que a situação se acomode por si ou um novo imposto virá por aí?

Há quem acredite? – 15 de abril de 2009

O comandante eterno, Fidel Castro, mais conhecido como o ditador de Cuba, que por razões desconhecidas não aparece em público há tempos, afirma no site cubadebate.cu – debate? Em Cuba? – “Cuba não precisa de esmolas”. Mais uma garganteada do velho caudilho. Mas se elas vierem, serão bem vindas, ah isso serão. Como nos velhos tempos da União Soviética.

Triste Brasil – 16 de abril de 2009

As cenas mostradas das agressões aos usuários do transporte ferroviário do Rio de Janeiro pelos "agentes de segurança" são intoleráveis, aviltantes e insultam a dignidade humana. A violência por si é condenável. Violência covarde contra trabalhadores, sempre maltratados pelo descaso das autoridades responsáveis e pelos empregados do transporte público, e que buscavam a ida ao trabalho, é de uma crueldade inominável. Triste retrato de uma nação que mais parece uma terra sem lei, onde nossos governantes demonstram tolerância com uma série de atitudes criminosas.

Vergonha nacional – 17 de abril de 2009

Homens e mulheres poderosos, paparicados, populares, com patrimônios consideráveis, alguns até milionários, se aproveitam de uma legalidade amoral e usufruem do dinheiro dos impostos, que faz falta para a saúde, educação, segurança, transportes, saneamento básico etc, etc, para uma série de mordomias. E se ofendem quando são descobertos, dizendo que o que fizeram não é proibido, está dentro das normas da casa. Se defendem “indignados” apresentando justificativas estapafúrdias, tentando justificar o inaceitável. Se ainda trabalhassem em prol da nação, poderíamos até dar um desconto, fazer vista grossa, mas pelo que fazem e produzem ...

Miss Susan Boyle – 19 de abril de 2009

Há quem dirá que é de um sentimentalismo barato. Outros não verão nada de útil no que vêem e ouvem. Mas é difícil não se emocionar até as lágrimas com a apresentação da senhora Susan Boyle em um programa de calouros da televisão inglesa. Revivendo a fábula de Andersen “O patinho feio”, Susan, ridicularizada em sua entrada e ovacionada após sua apresentação, é um exemplo de como a futilidade, o culto à aparência física, à celebridade insossa e fugaz que assola o planeta, em que a embalagem é privilegiada em detrimento ao conteúdo, faz-se presente em cada momento da vida. Por coincidência ou proposital a música escolhida, “O sonho que sonhei” caiu como uma luva em sua brilhante e comovente apresentação. Vale a pena empregar sete minutos de nossas vidas para assistir. http://www.youtube.com/watch?v=xRbYtxHayXo (legendado).

CONSCIÊNCIA X NEGÓCIOS – 22 de abril de 2009

Sob um largo sorriso do presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, na sessão de abertura da conferência sobre racismo das Nações Unidas, enquanto destilava seu ódio ao Estado de Israel e aos judeus, em explícita manifestação de preconceito, 30 delegados abandonaram a sala em sinal de protesto. Infelizmente pelo menos outros 72, inclusive o representante brasileiro, ministro da Igualdade Racial Edson Santos, permaneceram ao longo de 32 minutos, apesar do tempo estipulado ser de 7 minutos, mostrando sua face autoritária e despótica. Quando um país recebe a visita de um dirigente de uma nação amiga, faz parte do protocolo render homenagens ao visitante. Como brasileiro, democrata e judeu, sinto-me ofendido e agredido moralmente pela presença de figura tão desprezível. Ainda é tempo de o governo cancelar esta indecorosa visita, ou será que o interesse econômico falará mais alto?

Baixaria no STF – 23 de abril de 2009

Capanga: substantivo masculino. 1. Valentão a soldo de uma pessoa para protegê-la; guarda-costas, jagunço. 2. Indivíduo assalariado para assassinato; assassino profissional. Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, vossas excelências em especial, e o STF (Supremo Tribunal Federal) devem explicações à nação. Parafraseando um ex-presidente: "duela a quien duela", nós brasileiros, que queremos confiar na justiça, merecemos os devidos esclarecimentos.

Crise, sim, e das brabas - 24 de abril de 2009

Mais uma vez o presidente Lula, para ficar no “futebolês”, pisou na bola. Ao comparar a troca de acusações pesadas entre o ministro Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa a uma briga de jogo de futebol, marcou um gol contra. A questão não se limitou a uma discussão de teses jurídicas ou interpretação das leis, mas sim à referência de associação criminosa (capangas) e indução à idéia que o presidente do STF está julgando por interesses pessoais ou corporativos (destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro). Se isso não é uma crise institucional, não sei mais o que isto significa.

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