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terça-feira, 7 de abril de 2009

DECLÍNIO SOCIAL

Declínio social- publicado no Estadão em 07/04/09
Nunca se esperou que fosse tão meteórica a descida de 563 mil pessoas às classes D e E, pelos cálculos do pesquisador Marcelo Neri, da Fundação Getúlio Vargas. Quando falta dinheiro, investimentos são abortados, não há como consumir e a falta da comida na mesa do trabalhador inviabiliza qualquer perspectiva de só culpar os americanos, os olhos azuis, etc., pela crise. No Brasil as medidas demoraram a ser tomadas, até porque o governo não acreditava que a crise atingiria o País. Declarações da equipe econômica do governo apostavam num crescimento de 4%, quando se dizia que poderia ser zero. Hoje o governo se pode dar por satisfeito se o Brasil crescer 1%. A cada mês, mais e mais notícias de desemprego aumentam o ranking do desânimo entre os trabalhadores. Os "filhos" da crise estão sentindo na pele seus efeitos e a popularidade do presidente tem sido derrubada. Onde falta o pão, não há discurso que se sustente, por mais mirabolante que seja.
Izabel Avallone

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