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sábado, 26 de dezembro de 2009

Confecom à la cubana

07/12/2009


Você já foi a Cuba? Eu fui no início dos anos 90, logo após a queda do Muro de Berlim, da implosão da União Soviética, e do miserê e baixo-astral em que subitamente ficaram os ideólogos e militantes da esquerda. Muito otimista, eu queria ver um regime comunista nos seus extertores ( infelizmente foi em vão,pois Fidel tem mais vidas que um gato) ...só não contava assistir tão de perto a penúria por que passava aquele povo maravilhoso, tão alegre e hospitaleiro.

Foi uma lição dificil de ser vivida...mas necessária. Quinze dias passei lá comendo muito mal porque tudo tinha sabor de banha rançosa , já que não existia óleo de cozinha e usava-se banha de porco para cozinhar tudo. Sucede que lá os apagões eram diários, e a banha não refrigerada ficava com cheiro de ranço mesmo, um horror. Mas não é da comida que quero falar....quero mesmo é falar da censura em Cuba, não somente aplicada na mídia mas principalmente contra os cidadãos cubanos.

Ler o Granma , órgão oficial do Comitê Central do Partido Comunista Cubano era um tédio, sendo este um mero veículo de propaganda castrista, e os poucos jornais alem deste eram somente reproduções do mesmo. A TV , além de repassar os discursos quilométricos de Fidel, transmitia naquele tempo uma novela global de cujo nome já não me recordo, mas sinhozinho Malta brilhava. Nesse horário Cuba parava hipnotizada...nesse horário noturno nem faltava luz, que era cortada logo que acabava a transmissão da novela.

Quanto à censura imposta ao povo , eu a percebi logo que comecei a conversar com um cubano num restaurante. No meio de uma frase ele se virou de lado e calou-se. Mais tarde explicou-me que naquele instante acabara de passar um "inspetor de quarteirão" que tudo repara, tudo anota, e certamente iria querer saber , mais tarde, o que ele tanto falava com aquela brasileira. Maravilhoso viver assim, não?

E porque toco neste assunto hoje? Justamente por causa do Confecom , Conferência Nacional de Comunicação que está sendo realizada em Brasilia, durante a qual a esquerda caquética , divisionista e totalitária está apresentando propostas de estarrecer qualquer um. Por exemplo, que tal passarmos a ter um canal de TV específico para a raça negra? E canais obrigatórios para o movimento GLBST? E o que acham da imposição de contrôle nos meios de comunicações através de "conselhos regionais", valendo para TV, rádio, teatro, cinema, publicidade, ressuscitando práticas do tempo de Stalin na União Soviética? Já não nos basta a TV Brasil - o canal do Lula - como veículo de propaganda exclusiva do governo? Estas propostas, alem de tudo, tem um propósito à mais embutido nelas : criar o ódio entre grupos, o que acabará gerando as apreciadas lutas sociais tão úteis à esquerda para atingir seus objetivos.

Apesar de saber que as propostas que sairem desta conferência não tem força de lei, a verdade é que eles , os petistas de Franklin Martins estarão com o esbôço pronto para ser apresentado ao Congresso como sugestão de projeto de lei, correndo o risco ainda de ser aprovado por decreto numa canetada de Lula .

Impressionante é o silêncio da mídia sobre este assunto...esse silêncio mais me parece um grito de alerta.

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