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sábado, 29 de agosto de 2009

OS INCOMUNS

A absolvição do ex-ministro e atual deputado Antonio Palocci não é surpresa e nem espanta. A corda sempre arrebenta para o lado mais fraco, no caso o humilde caseiro Francenildo dos Santos Costa, que teve a suprema coragem, hombridade e dignidade de contar o que via na mansão em Brasília, conhecida como a República de Ribeirão, apesar de que, por todos os meios, tentaram intimidá-lo e desqualificá-lo.

No império da impunidade em que se transformou o Brasil, os cidadãos de bem, os "comuns" se sentem alijados de seus direitos, especialmente à JUSTIÇA, pois todos os poderes - sabe-se lá porque motivo - são subservientes aos caudilhos, oligargas, homens (e também mulheres) considerados "incomuns" e portanto acima do bem e do mal. Basta-se se ter muito dinheiro (extorquido do erário, no mais das vezes) para comprar defesas e, diria, também consciências. Todas as evidências de crimes - chamados de erros por alguns - são simplesmente ignoradas: sempre existe a mão do gato, a conferir dúvidas sobre as ocorrências: no caso da divulgação do extrato bancário do caseiro, o relator aventou a possibilidade de o documento haver ficado na memória da máquina e que qualquer pessoa poderia ter tido acesso ao mesmo. Dá para acreditar que tamanho descuido possa ocorrer?!

Tristes dias estes, como nunca antes neste país, em que a JUSTIÇA é mais justa para os "incomuns" do que para os comuns cidadãos, trabalhadores e pagadores de impostos, para serem usados na prevaricação dos homens públicos!

Aparecida Dileide Gaziolla

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