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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Martins Cardoso etc e tal

28/07/2009

O dep.José Eduardo Martins Cardoso tem boa pinta e cara de bom moço, e talvez isso lhe tenha facilitado muito o estabelecer empatia na hora de conquistar seu eleitorado. A maioria desconhece que ele sempre pertenceu à ala mais rançosa e extremista do PT , da qual Tarso Genro também faz parte, aquela que admite ações nada ortodoxas para a obtenção de um ambicioso resultado. As ações espetaculares da PF e seus resultados bem visíveis impedem que muitos de nós percebamos os métodos empregados , próprios da polícia stalinista.E que pode , a qualquer momento, ser utilizado contra qualquer um de nós, baste que lhes dê na telha....

Por isso, quando leio que o deputado boa pinta está cotado para assumir a vaga de Tarso Genro como ministro da Justiça, e já conta com a simpatia de Dilma Roussef, só me resta concluir que Martins Cardoso é cobra criada . E que por isso , tal como Tarso Genro , deve advogar a tese do jurista Dalmo Dallari que defende a unicameralidade e que não vê impedimento legal para a extinção do senado, partindo do principio de que a Constituição defende a tripartição dos poderes mas não a bicameralidade.

No caso, o que constitui cláusula pétrea seria somente a tripartição dos poderes . Assim, segundo ele não sendo a existência do Senado garantida por cláusula pétrea, esta instituição seria perfeitamente dispensável. E sabem sob qual alegação? Porque,segundo ouvi numa palestra pela boca do próprio Dallari, o Senado é uma instituição que nos tempos modernos teria nascido com o escopo de abrigar politicamente a rica burguesia e cujo intuito era o de impedir a volta do absolutismo ; ao mesmo tempo , no exercício de suas funções, os burgueses poderiam implementar tranquilamente seus negócios. Uma visão cinicamente deturpada de quem lê nossa história com olhos míopes e com uma visão parcial.

Denigre a ação do Senado brasileiro em toda sua existência e seu importante papel na história do Brasil, e ignora de propósito os costumes vigentes no século XIX no que se refere às exigencias para um cidadão ocupar um cargo político.
Acho bom os defensores da Casa ficarem muito atentos e tomarem posição. Pois se a visão do senado descrita por Dallari hoje confere com a realidade - por motivos circunstanciais e até graças à ação dos ministros sem voto - não foi assim que ele nasceu e que habitualmente atuou no decorrer de toda nossa História.

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